Compreensão de Escala Representada em Gráficos por Crianças e Adultos em Início de Escolarização
DOI:
https://doi.org/10.17921/2176-5634.2019v12n2p207-220Resumo
Representações gráficas são cada vez mais utilizadas para apresentar informações sobre os mais variados assuntos. Entretanto, crianças e adultos apresentam dificuldades para compreender essas representações, sendo a escala o maior marcador de dificuldade. Nesse artigo apresentamos uma investigação que, a partir do desempenho de crianças e adultos em início de escolarização, buscou construir uma progressão para o ensino de escalas representadas em gráficos ou o Conhecimento do Horizonte de Escala. Para tal, foi realizado um teste diagnóstico com 210 alunos que frequentavam do 1º ao 5º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental regular ou Módulos I a III da Educação de Jovens e Adultos. Os resultados evidenciaram que o trabalho com escala é possível de ser realizado desde o 1º ano, visto que crianças e adultos que estão inseridos em situações de alfabetização são capazes de resolver atividades envolvendo a identificação de valores na escala e a construção da mesma. Contudo, a escolaridade foi um fator importante para o desempenho dos alunos no momento de localizar valores implícitos na escala ou construir uma escala não unitária. Assim, sugerimos que ao propor uma atividade envolvendo gráficos é importante refletir sobre a gradação no nível de dificuldade da habilidade envolvida na atividade considerando na interpretação o valor estar implícito ou explícito no intervalo da escala e, na construção, a grandeza do conjunto numérico implicar uma escala diferente da unitária. Esperamos com esse trabalho contribuir tanto para nortear o ensino da Estatística nas escolas como para o desenvolvimento de processos de formação inicial e continuada de professores.
Palavras-chave: Estatística. Escala. Anos Iniciais. EJA
Abstract
Graphical representations are increasingly used to present information on the most varied subjects. However, children and adults present difficulties to understand these representations, with scale being the greatest marker of difficulty. In this article we present an investigation that, based on the performance of children and adults at the beginning of schooling, attempted to construct a progression for the teaching of scales represented in graphs or the Knowledge of Scale Horizon. For that, a diagnostic test was carried out with 210 students who attended from the 1st to 5th year of the initial years of regular primary education or Modules I to III of Youth and Adult Education. The results showed that the work with scale is possible from the 1st year, since children and adults who are inserted in situations of literacy are able to solve activities involving the identification of values in the scale and the construction of the same. However, schooling was an important factor for students’ performance in locating implied values in the scale or constructing a non-unitary scale. Thus, we suggest that when proposing an activity involving graphs it is important to reflect on the gradation in the level of difficulty of the ability involved in the activity considering in the interpretation the value is implicit or explicit in the range of the scale and, in construction, the numerical set implies a different from the unitary scale. We hope that this work will contribute both to guiding the teaching of statistics in schools and to the development of initial and continuing teacher training processes.
Keywords: Statistics. Scale. Primary School. Adults Education
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