Insurgências Epistemológicas na Educação Matemática: o Despertar de Vozes Silenciadas e a Reconstrução de Saberes
Resumo
O texto aborda as insurgências epistemológicas na Educação Matemática, com ênfase na Etnomatemática, Decolonialidade e Educação Matemática Crítica, explorando como essas abordagens desafiam modelos eurocêntricos e tecnocráticos predominantes. Essas perspectivas promovem uma matemática inclusiva que valoriza saberes marginalizados e questiona a neutralidade universal do campo. Utilizando uma revisão bibliográfica (2015-2024), o estudo analisa práticas pedagógicas que integram conhecimentos locais e culturais no ensino da matemática, propondo transformações profundas nos currículos e na formação docente. O texto destaca os desafios, como a resistência institucional e as limitações impostas por políticas públicas neoliberais, que priorizam a padronização e a instrumentalização do ensino. A Etnomatemática é apresentada como uma abordagem insurgente que reconhece a pluralidade cultural da matemática, enquanto a Educação Matemática Crítica propõe um ensino reflexivo e engajado politicamente. Essas insurgências oferecem uma alternativa às práticas tradicionais, promovendo justiça social e equidade por meio da valorização de saberes diversos e contextuais. Contudo, sua implementação requer mudanças estruturais em currículos, políticas públicas e formação docente, transformando a matemática em uma ferramenta de emancipação social.
Palavras-chave: Educação Matemática Crítica. Etnomatemática. Decolonialidade. Insurgências Epistemológicas. Práticas Pedagógicas.
Abstract
The text explores epistemological insurgencies in Mathematics Education, focusing on Ethnomathematics, Decoloniality, and Critical Mathematics Education, examining how these approaches challenge prevailing Eurocentric and technocratic models. These perspectives advocate for an inclusive mathematics that values marginalized knowledge and questions the field's universal neutrality. Through a literature review (2015–2024), the study analyzes pedagogical practices integrating local and cultural knowledge into mathematics teaching, proposing profound transformations in curricula and teacher training. The text highlights challenges such as institutional resistance and the constraints of neoliberal public policies that prioritize standardization and instrumentalization in education. Ethnomathematics emerges as an insurgent approach recognizing the cultural plurality of mathematics, while Critical Mathematics Education proposes reflective and politically engaged teaching. These insurgencies offer an alternative to traditional practices, promoting social justice and equity by valuing diverse and contextual knowledge. However, their implementation demands structural changes in curricula, public policies, and teacher training, transforming mathematics into a tool for social emancipation.
Keywords: Critical Mathematics Education. Ethnomathematics. Decoloniality. Epistemological Insurgencies. Neoliberalism.